Pingue-pongue
Bate no quarto,
Na sala, no chuveiro,
No armário
Por todos os lados
Aqui uma televisão grita
Acolá se pede silêncio
Aqui acolá
Aqui acolá, não tem dois passos
De repente é o liqüidificador
Que quer falar mais alto
O grito de gol não deixa barato
Acompanhado de brados e urros
Que a ele se unem desvairados
Os livros, mudos que são,
Ninguém neles presta atenção
Tem tanto a falar
Mas conseguem a ninguém obrigar
Da sua vontade
Ninguém abre mão
Eu quero falar,
Eu quero dormir
Sai daí já!
E assim a bolinha
Bate pra cá, bate pra lá
Em constante rotação
Enquanto as letras choram
com tamanha desconsideração
Vitrola: Casa Pré-fabricada
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Do Amor Descorrespondido
O pranto do amor
Aperta o coração
Faz-nos sentir sem chão
Metamorfose do horror?
Não, o sofrimento do apaixonado
Não é como a dor do pé quebrado
Importuna, esta só quer machucar
Fazendo com que só desejemos dela se livrar
A lástima do sentimento
É a dor da felicidade
Carregada das lembranças de contentamento
E dos sonhos da posteridade
Alma tocada
No mais fundo do ego
Acolhe preocupada
O amor em nó cego
Levando-o junto na solidão
Transformando o sonho em realidade
De um casal feliz na escuridão
Da apaixonada vontade
De viver o amor interrompido,
A felicidade certeira e distante
Do céu colorido
E do olhar brilhante
O amor descorrespondido
Oferece alegria em meio a tepidez
A saudade do não acontecido
O estado de graça na realidade da sordidez
Enquanto o coração chora
A alma se enamora,
Mesmo na solidão
Se vive uma paixão
Vitrola: Você não me ensinou a te esquecer
Aperta o coração
Faz-nos sentir sem chão
Metamorfose do horror?
Não, o sofrimento do apaixonado
Não é como a dor do pé quebrado
Importuna, esta só quer machucar
Fazendo com que só desejemos dela se livrar
A lástima do sentimento
É a dor da felicidade
Carregada das lembranças de contentamento
E dos sonhos da posteridade
Alma tocada
No mais fundo do ego
Acolhe preocupada
O amor em nó cego
Levando-o junto na solidão
Transformando o sonho em realidade
De um casal feliz na escuridão
Da apaixonada vontade
De viver o amor interrompido,
A felicidade certeira e distante
Do céu colorido
E do olhar brilhante
O amor descorrespondido
Oferece alegria em meio a tepidez
A saudade do não acontecido
O estado de graça na realidade da sordidez
Enquanto o coração chora
A alma se enamora,
Mesmo na solidão
Se vive uma paixão
Vitrola: Você não me ensinou a te esquecer
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