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Devagar
Por entre dedos
Vão passar
Inúmeros segredos
Equilibrado e contínuo movimento
Abre o caminho da distração
Indo ao encontro de sonhos e tormentos
Que permanecem no plano da abstração
Desditos
Loucos devaneios
Contidos
No silencioso entremeio
Misturando o real e o imaginário
Vai surgindo o fio linear
O plano de ação estará traçado
Encontra sutil a saída salutar
Perfeito
O fim derradeiro
Em rodeios
Surge o amor verdadeiro
Mas o limiar do fio da fantasia
Esquece da sórdida realidade
Tendo o coração como guia
Transborda de beleza e irracionalidade
(Tic-tac)
De repente
Bate a razão
Se sente
O ar da reflexão
Ventania
No castelo de cartas
Um banho de água fria
Era tudo mentira
O fio arrebenta
E outra parte se enoza
- Nada é fácil como aparenta -
à poesia diz a prosa
Por isso que não se balbucia
O sonho que cau do céu
Guardado com a estrela-guia
Voa de graça, desliza ao léu
Dor, sensação incômoda. Pode ser física ou psicológica. Às vezes acompanhada por lágrimas. É uma lástima. Invariavelmente uma ruga na testa aparece, transmitindo aos outros o mal-estar.
Mas descobri uma dor boa, elegante, bonita e corada. A dor de sentir frio. Sim, é uma dor: limita o movimento, ataca as articulações, restringe a respiração. A gente sofre. Os sintomas? Preguicite, fome excessiva, pele ressecada, tremeliques. Durante o inverno, não se passa um dia sem sentir a dor, sem se reclamar do friiio, sem tentar inutilmente se safar com os remédios alternativos: café, chimarrão, abraços queridos...
Tá, mas tudo isso se passa em um cenário lindo, de céu azul limpo, luz solar pálida, folhas e flores colorindo o desbotado; composto por ambulantes encasacados, mais luvas, cachecóis, boleros, ponchos; secos, fumaça na respiração que rapidamente fica ofegante; e as faces rosadas. Que vontade de estar juntinho, passar e receber calor. Proximidade, aconchego, sorrisinhos, estímulos.
Convivendo com o arrepio na pele, o corpo em constante latência acha o fervor da contemplação no banho quente, no cobertor macio, no pulsar do coração; tum-tum, aquece a alma e assim nasce a emoção. Amor.
Tímido, encolhidinho, importuno, nos mantém loucos por sensações, vontades; e os sonhos...Vitrola: Deixa o verão
Mocinha bonita
Com seu laço de fita
Desfila pomposa
Por entre curvas sinuosas
Fazendo o sol brilhar
A saia rodada em dégradé
Recebe um sorriso cortês
Tímido o olhar foge para o chão
E o rubor denota emoção
Apressado um resfolegar
Corre-se o risco de um abalo
Delírio pela beleza estimulado
Será tocado o céu
O mimo irá para o beleléu
A boneca vai quebrar
Porém envolta de alento
Revela o furor do encantamento
Dos pássaros se ouve o som
Do qual se dará o tom
Completando do dia o embelezar
É garoa pequena
Branca e serena
À vida vai tentar as cores
Buscando por amores
O arco-íris vai encontrar
Vitrola: As Vitrines