segunda-feira, 21 de abril de 2008

Do Riscado Imaginário

Devagar
Por entre dedos
Vão passar
Inúmeros segredos

Equilibrado e contínuo movimento
Abre o caminho da distração
Indo ao encontro de sonhos e tormentos
Que permanecem no plano da abstração

Desditos
Loucos devaneios
Contidos
No silencioso entremeio

Misturando o real e o imaginário
Vai surgindo o fio linear
O plano de ação estará traçado
Encontra sutil a saída salutar

Perfeito
O fim derradeiro
Em rodeios
Surge o amor verdadeiro

Mas o limiar do fio da fantasia
Esquece da sórdida realidade
Tendo o coração como guia
Transborda de beleza e irracionalidade

(Tic-tac)

De repente
Bate a razão
Se sente
O ar da reflexão

Ventania
No castelo de cartas
Um banho de água fria
Era tudo mentira

O fio arrebenta
E outra parte se enoza
- Nada é fácil como aparenta -
à poesia diz a prosa

Por isso que não se balbucia
O sonho que cau do céu
Guardado com a estrela-guia
Voa de graça, desliza ao léu



Vitrola: Onde Ir

Nenhum comentário: