Pingue-pongue
Bate no quarto,
Na sala, no chuveiro,
No armário
Por todos os lados
Aqui uma televisão grita
Acolá se pede silêncio
Aqui acolá
Aqui acolá, não tem dois passos
De repente é o liqüidificador
Que quer falar mais alto
O grito de gol não deixa barato
Acompanhado de brados e urros
Que a ele se unem desvairados
Os livros, mudos que são,
Ninguém neles presta atenção
Tem tanto a falar
Mas conseguem a ninguém obrigar
Da sua vontade
Ninguém abre mão
Eu quero falar,
Eu quero dormir
Sai daí já!
E assim a bolinha
Bate pra cá, bate pra lá
Em constante rotação
Enquanto as letras choram
com tamanha desconsideração
Vitrola: Casa Pré-fabricada
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
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Um comentário:
Também vou escrever um poema:
- Devaneios de um grão de areia -
"Tudo o que eu queria nessa minha vida pequena era a carícia amena de um calcanhar de mulher."
hehehehe O teu poema é mais legal, o dia hj tah bem propício pra produção literária!
Beijos
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